Síndrome da irmã mais velha: o que é e como lidar com ela?

Você tem uma irmã ou irmão caçula? Sente-se responsável por ele ou ela, sendo a primogênita? Pois, talvez, não esteja sozinha! Geralmente, em famílias com mais de uma criança, existem estereótipos para cada uma delas, segundo pesquisa do The New York Times. Neste sentido, pode surgir algo conhecido como síndrome da irmã mais velha. Já ouviu falar?

Conforme o estudo, em algumas famílias, coloca-se a ideia de que os filhos primogênitos são confiáveis e têm grandes realizações. Já os do meio são sociáveis e rebeldes (e muitas vezes negligenciados). Por fim, os filhos mais novos são encantadores e manipuladores.

Ok, pode até se tratar, sim, de uma generalização, pois nem todos os núcleos familiares do mundo se estruturam dessa forma. Mas, em alguns casos, a big sister acaba acumulando um senso de responsabilidade que, por vezes, não lhe cabe. É aí que aparece a tal síndrome da irmã mais velha.

Ser a filha mais velha é um desafio?

Um artigo publicado no portal Aleteia menciona questionamentos sobre vantagens de ser a filha mais velha. Segundo o texto, algumas afirmam que sim, há benefícios de, por exemplo, receberem mais atenção. Além disso, acumulam mais lembranças dos familiares que, por vezes, os irmãos menores nem chegaram a conhecer.

Por outro lado, pode haver uma carga emocional excessiva sobre elas. Só para exemplificar, recebem o peso de serem exemplos maduros para os mais novos, além de atender às expectativas dos pais e mães.

Voltando ao artigo do NYT, o termo “síndrome da irmã mais velha” não existe no campo da psicologia ou da medicina. Na verdade, seu uso está mais presente nas redes sociais, principalmente por terapeutas e seguidoras.

De modo geral, são mulheres que se identificaram com a pressão de assumir responsabilidades em uma idade precoce. Consequentemente, ganharam certas feridas emocionais.

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Como a síndrome da irmã mais velha se manifesta?

De modo geral, existem alguns pontos comuns no comportamento e sentimentos das mulheres que se identificam com a síndrome. Entre os de maior destaque, estão:

• Grande sentido de responsabilidade em cumprir com os deveres e até a influência sobre os irmãos mais novos.
• Precisa sempre vencer e ter sucesso no que faz para impressionar os pais, de forma a corresponder às suas expectativas.
• Excesso de preocupação que, muitas vezes, se transforma em ansiedade devido à forte carga emocional. Ou, ainda, tarefas atribuídas desde a infância.
• Precisa sempre agradar às pessoas, adotando um tratamento amável e caloroso para manter a ordem e o controle em ambientes sociais.
• Não consegue impor limites, desde as tarefas domésticas a favores maiores.
• Nutrem um sentimento ambíguo com relação aos pais e irmãos, misturando ressentimento e amor. Normalmente, isso se intensifica quando a pessoa percebe que há uma atitude mais relaxada em relação aos caçulas, ao contrário do nível de exigência sobre a mais velha
• A síndrome da irmã mais velha pode levar a sentimentos de culpa quando a pessoa não cumpre o que esperavam dela
• Dificuldade em relacionamentos adultos ou vínculos, mesmo amorosos, principalmente pelas feridas de infância

Ok, e o que fazer diante disso? Um novo artigo, desta vez da BBC, menciona algumas teorias tanto sobre a síndrome da irmã mais velha quanto a possível solução. Inicialmente, ela passa tanto pelo reconhecimento da família quanto a luta pela igualdade de gênero. Mas, em menor escala, é sempre muito importante buscar uma terapia especializada para lidar com esse tipo de sentimento.