É seguro? Descubra o que pode acontecer nas turbulências
Incidente com voo da Singapore Airlines levanta preocupações sobre segurança aérea.
O recente incidente com um voo da Singapore Airlines, que resultou em uma morte e várias hospitalizações, trouxe à tona os riscos da turbulência extrema em aviões. O episódio ocorreu durante um voo de Londres para Singapura, quando a aeronave sofreu uma queda repentina, causando ferimentos em passageiros e tripulação.
A frequência de lesões por turbulências em voos
A turbulência é causada por movimentos irregulares do ar, que provocam solavancos bruscos nos aviões. No caso do voo da Singapore Airlines, a turbulência foi do tipo “turbulência de céu claro”, que pode ocorrer sem aviso. Nesse sentido, este tipo de turbulência é especialmente perigoso porque não pode ser detectado pelos radares meteorológicos.
Segundo o Escritório Australiano de Segurança no Transporte, são relatadas cerca de 25 lesões por turbulência em voos a cada ano, embora muitas não sejam registradas. Algumas dessas lesões são graves, como fraturas ósseas e ferimentos na cabeça. Assim, uma das causas mais comuns de ferimentos em turbulência é quando passageiros são arremessados de seus assentos.
Além disso, objetos soltos como notebooks ou mochilas podem causar lesões. Desse modo, neste incidente de turbulência de céu claro, a tripulação, passageiros e carrinhos de refeição foram jogados contra o teto da aeronave, resultando em fraturas, cortes, distensões no pescoço e costas, deslocamento de ombros e dentes quebrados. Contudo, a maioria das vítimas graves não estava usando o cinto de segurança.
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Raridade dos incidentes graves
Para colocar esses incidentes em perspectiva, é importante considerar o volume de passageiros. Afinal, até janeiro de 2024, mais de 36 milhões de pessoas viajaram em voos internacionais para a Austrália. Em voos domésticos, esse número foi superior a 58 milhões até fevereiro de 2024. Portanto, embora incidentes como o da Singapore Airlines ganhem manchetes, eles são extremamente raros.
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Percepção de risco e fatores que a influenciam
Quando ouvimos sobre um incidente como o da Singapore Airlines, é natural reagir emocionalmente. Muitas vezes, imaginamos o terror de estar na aeronave durante a turbulência. No entanto, essa resposta emocional pode distorcer nossa percepção do risco, fazendo-nos acreditar que esses eventos são mais comuns do que realmente são.
Estudos mostram que a percepção de risco é influenciada por vários fatores e tendemos a superestimar riscos incomuns. O economista vencedor do Prêmio Nobel, Daniel Kahneman, explora essas tendências em seu livro “Rápido e devagar: Duas formas de pensar”. Kahneman explica que nossas reações a riscos são frequentemente emocionais e não racionais. Além disso, eventos raros têm um impacto maior em nossa psique, fazendo com que pareçam mais prováveis do que são.
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