Veneza limita grupos e faz nova proibição a turismo

Outra medida envolve a proibição do uso de megafones

Não é que a Cidade dos Canais adotou mais uma medida para conter o turismo de massa? Após aplicar a taxa de turismo, Veneza agora pode ficar um pouco mais silenciosa. A Câmara Municipal decidiu banir o uso de megafones por guias turísticos. Ainda, limitou os grupos de turistas a 25 pessoas.

As novas regras entraram em vigor nesta quinta-feira (31/7) e se aplicam também às ilhas de Murano, Burano e Torcello. A princípio, as exceções são apenas crianças com menos de 2 anos de idade, bem como visitas escolares e educacionais.

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Medida em Veneza para o turismo já deveria estar valendo

Ocorre que a decisão já deveria valer desde junho, mas houve o adiamento da implementação devido ao agendamento prévio de muitos passeios em grupo pelos guias. Só que agora, já está em vigor e é rígida!

Só para ilustrar, tanto turistas quanto guias que desrespeitarem o limite de 25 pessoas ou usarem alto-falantes pagarão multas de aproximadamente US$ 50 a US$ 100.

A medida faz parte de um esforço do governo local para retomar o controle da cidade após recordes de turismo no pós-pandemia. E, como já comentamos, não foi a única.

Em abril, Veneza se tornou a primeira cidade no mundo a cobrar uma taxa de entrada de €5 (cerca de US$ 5,40). Isso fez parte de um programa piloto que durou 29 dias e gerou mais de US$ 2,5 milhões para a cidade. Ao todo, foram 485.062 pagamentos no período de vigência.

No dia em que a taxa foi introduzida, os moradores protestaram. Inclusive, agitaram faixas e exibiram seus passaportes sob o argumento de cidade estar atrás de uma barreira, como um parque temático ou museu. No entanto, o governo local não arredou pé.

Pelo contrário, até afirmou que dobrará o tributo quando voltar a aplicá-lo, o que provavelmente deve ocorrer neste ano.

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Veneza não está sozinha contra o overtourism

O fato é que protestos anti-turismo têm varrido a Europa neste verão, com manifestações ocorrendo na Holanda, Grécia e Espanha.

Oficiais na ilha grega de Santorini, por exemplo, consideram limitar o número de navios de cruzeiro que podem atracar em suas costas. No início de julho, manifestantes marcharam por áreas turísticas populares em Barcelona.

Enquanto isso, borrifavam água em visitantes desavisados com pistolas d’água enquanto cantavam “turistas, voltem para casa.”

Em Portugal, não houve agressões, mas há medidas governamentais. No Porto e Lisboa, as câmaras municipais pensam em reduzir a quantidade de tuk tuk, veículos populares que trafegam pelos pontos turísticos.

Vamos só ver até onde isso vai parar, né?

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