Comer cinco vezes por dia ajuda a perder peso? A ciência responde

Você sabia? Comer 5 vezes diariamente ajuda a perder peso? Especialistas analisam!

Muitos de nós crescemos acreditando que comer cinco vezes por dia é a chave para manter o metabolismo acelerado, controlar a glicose sanguínea e facilitar a perda de peso.

No entanto, a validade dessa afirmação tem sido questionada por pesquisas recentes, que apresentam uma perspectiva diferente sobre a melhor prática alimentar para saúde e bem-estar.

O debate sobre comer cinco vezes por dia.

Historicamente, a estrutura de três refeições diárias – café da manhã, almoço e jantar – tem predominado em diversas culturas.

Em contraste, a dieta OMAD (One Meal a Day) propõe um modelo de alimentação radicalmente diferente, recomendando apenas uma refeição por dia.

Seguidores dessa dieta, incluindo figuras públicas como o vocalista da banda Coldplay, Chris Martin, defendem seus benefícios à saúde. Embora a evidência científica direta ainda seja escassa.

Um estudo comparativo entre a dieta OMAD e o consumo calórico dividido em três refeições diárias revelou perda de peso e de massa gorda. Porém, também apontou redução da massa muscular e óssea entre os participantes.

Leia mais: O melhor horário para se exercitar e perder peso, segundo ciência

A realidade metabólica das refeições frequentes

Contrariamente à crença popular, refeições menores e mais frequentes não necessariamente resultam em maior queima de calorias. Estudos indicam que o total de calorias consumidas ao longo do dia é o que determina o ritmo do metabolismo, independentemente do número de refeições.

Portanto, a prática de consumir cinco refeições diárias não tem efeito comprovado na aceleração metabólica ou na quantidade de gordura queimada.

A recomendação de comer a cada três horas, tipicamente associada ao modelo de cinco alimentações, não se sustenta como uma regra universal.

A orientação mais sensata é atender aos sinais de fome do corpo e encontrar um ritmo alimentar que se ajuste às necessidades individuais, sem se prender rigidamente a horários predeterminados.

Leia mais: Doença cardíaca em mulheres: consumo de álcool aumenta riscos

Benefícios de comer menos frequentemente

Estudos sobre jejum intermitente revelam que períodos sem alimentação podem melhorar a sensibilidade à insulina. Além de regular os níveis de glicose sanguínea e reduzir a secreção de insulina. Dessa forma, traz benefícios ao metabolismo de carboidratos e à prevenção do diabetes tipo II.

Além disso, o jejum ativa mecanismos celulares que promovem a longevidade e a proteção do DNA.

Outro equívoco comum é a ideia de que refeições frequentes contribuem para uma maior sensação de saciedade. A realidade é que a composição nutricional e a carga glicêmica das refeições são os verdadeiros determinantes da saciedade.

Uma alimentação rica em proteínas, gorduras e fibras tende a prolongar a sensação de plenitude, independentemente da frequência das refeições.

Portanto, a escolha de quantas refeições consumir diariamente deve ser personalizada, baseando-se no bem-estar individual, no controle da fome e na manutenção da energia.

Por fim, a ciência atual não justifica a necessidade de cinco refeições por dia, mostrando que refeições maiores e nutritivas podem ser tão eficazes quanto as frequentes e menores para a saúde geral e controle de peso.

Comentários estão fechados.