Como fazer degustação de vinho em casa? Confira aqui!

Um guia para preparar e servir a experiência a amigos e familiares

Sabia que dá para fazer uma degustação de vinho em casa? Pois é, você pode levar aquela experiência das vinícolas e restaurantes para um ambiente mais intimista entre amigos. Mas, para isso, precisa seguir algumas dicas tanto de conhecimento quanto preparo. Afinal, não se trata apenas de beber, mas sentir e avaliar cada nota.

De fato, você pode tanto tomar uma tacinha de vinho ali, despretensiosamente, ou ter um envolvimento um pouco mais intenso. Isso significa valorizar todos os aspectos sensoriais, desde a aparência da bebida até a avaliação gustativa. Mas, para essa prova mais especializada e criteriosa é necessário ter preparo e conhecimento.

Por isso, a gente compartilha, aqui, um guia da Casa & Jardim para montar sua própria degustação de vinho em casa.

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Como preparar sua degustação de vinho em casa

Antes de tudo, é preciso organizar tudo o que você vai precisar para a degustação. Neste sentido, pense nos seguintes aspectos:

Temperatura

Para vinhos tintos leves, a temperatura ideal é de 14 a 16 °C; para os encorpados, 16 a 18 °C. Vinhos brancos e rosés leves devem ser servidos entre 10 e 12 °C, e os encorpados entre 12 e 14 °C. Espumantes são melhores entre 8 e 10 °C. Vinhos fortificados, como o do Porto, são ideais entre 16 e 18 °C, mas em climas tropicais, a 13 a 15 °C.

Tipo de taça

Para uma degustação casual de vinhos em casa, uma taça de cristal tradicional de 480 a 600 ml é suficiente para todos os tipos de vinho. Para análises detalhadas, recomenda-se taças específicas para cada estilo ou varietal de uva. Espumantes devem vir em taças flûte para manter as borbulhas. Vinhos fortificados e de sobremesa são melhores em taças menores, como a padrão ISO.

Quantidade na taça

A quantidade ideal de vinho na taça é de 100 a 150 ml ou aproximadamente ¼ da taça. Isso permite manter a temperatura ideal, realçar a cor e intensidade, e facilitar a aeração do vinho. Evite encher a taça além da metade para não prejudicar a degustação.

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Ambiente e iluminação são importantes para a degustação de vinhos em casa

O ambiente deve ser refrigerado para evitar a interferência da temperatura no vinho. A iluminação deve ser agradável e indireta, mas suficiente para permitir a análise visual do vinho.

Quais as etapas da degustação

Pensou em todos os aspectos acima? Então, agora é hora de estruturar cada etapa da degustação de vinhos em casa. Neste sentido, organize a experiência assim:

Análise visual

A princípio, esta é a etapa na qual se avalia a estrutura e conservação do vinho. Sendo assim, o ideal é inclinar a taça sobre um fundo branco para examinar a cor e sedimentos. De modo geral, a cor indica o tipo de uva e se houve envelhecimento em garrafa. Geralmente, tintos jovens apresentam cores púrpura e rubi, evoluindo para granada com a idade.

Já tons atijolados podem sugerir oxidação. Para espumantes, a quantidade e tamanho das borbulhas indicam qualidade. O brilho sugere qualidade, enquanto opacidade pode indicar declínio. Lágrimas indicam teor alcoólico e estrutura do vinho.

Análise olfativa

Levar a taça ao nariz permite identificar aromas e relacioná-los à memória olfativa. De modo geral, aromas mais presentes sugerem complexidade. Já girar a taça ajuda a liberar aromas. Por isso, treinar o olfato e evitar perfumes e cosméticos são dicas para melhorar a percepção olfativa. Identificar tipos de frutas e notas como baunilha ou chocolate pode indicar envelhecimento em barricas.

Análise gustativa

Por fim, permitir que o vinho percorra o paladar lentamente ajuda a avaliar sua complexidade. Sendo assim, ‘avinhar’ a boca com o primeiro gole prepara o paladar. Prestar atenção nos sabores em diferentes pontos da língua ajuda a identificar doçura, acidez, mineralidade, taninos e amargor. A análise gustativa deve alinhar-se com a olfativa, mas pode revelar características distintas.

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A degustação de vinhos em casa deve ser relaxante

No entanto, ainda que a desgutação de vinhos em casa tenha toda uma profundidade, não se deve encará-la com tanta seriedade. Pelo contrário, a ideia é proporcionar uma experiência mais leve e informal. Assim, não se tem um ritual tedioso e promovendo um ambiente acolhedor e tranquilo.

Neste sentido, a dica é compartilhar conhecimentos sobre vinhos de maneira descontraída e divertida. Afinal, esta é a chance de trocar descobertas e somar saberes.

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