Streamer fica 11 dias sem dormir e bate recorde: veja o que aconteceu

Entenda os riscos e impactos na saúde a longo prazo de ficar tanto tempo sem dormir

Parece que a fama a todo custo chegou a um novo patamar! No mundo do streamint, onde a turma sempre quer inovar e desafiar limites, um streamer australiano fez história. Norme permaneceu acordado por 11 dias consecutivos, um feito que lhe rendeu o recorde de maior tempo sem dormir. Contudo, o que deveria ser uma celebração de resistência se transformou em um alerta sobre os perigos da privação de sono.

Norme transmitiu todo o desafio ao vivo, atraindo milhares de espectadores. Contudo, as 264 horas e 56 minutos sem dormir cobraram um preço alto em sua saúde. Médicos e especialistas foram rápidos em apontar os riscos graves envolvidos, destacando que tanto tempo acordado pode levar a consequências permanentes, incluindo danos cognitivos e até a morte.

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O desafio e o recorde

A princípio, a ideia era quebrar o recorde mundial de maior tempo sem dormir, que antes pertencia a Randy Gardner. Este, em 1964, ficou acordado por 264 horas e 25 minutos. Só que o próprio Gardner, estudante de apenas 17 anos na época, já descreveu os efeitos da privação de sono como uma experiência “quase de Alzheimer precoce”.

Mesmo assim, Norme foi em frente. Porém, embora impressionante, seu novo recorde levantou sérias preocupações sobre os extremos que criadores de conteúdo estão dispostos a atingir em busca de visibilidade. Inclusive, durante a transmissão, ele enfrentou uma série de desafios.

Só para ilustrar, a privação de sono começou a impactar sua capacidade cognitiva, levando a momentos de confusão e alucinações. Por isso, ambulâncias e a polícia foram chamadas para verificar seu estado, evidenciando a gravidade da situação.

Então, após completar a marca de 11 dias sem dormir, Norme encerrou a transmissão. Mas prometeu retornar às plataformas de streaming depois de descansar.

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O perigo real da privação de sono

O fato é que dormir pouco é um dos desafios mais perigosos para o corpo humano. Aliás, longos períodos acordado não é somente desconfortável, mas potencialmente letal. Os efeitos podem se manifestar rapidamente, e quanto mais tempo alguém fica acordado, mais severas as consequências. Só para ilustrar:

  • 24 horas sem dormir: irritabilidade, dificuldade de concentração, e comprometimento na coordenação motora começam a surgir. Nessa fase, o cérebro funciona de maneira semelhante ao de uma pessoa com nível alcoólico elevado no sangue.
  • 36 horas sem dormir: os sintomas se intensificam. Cochilos involuntários, que duram segundos, podem ocorrer, aumentando o risco de acidentes. Há também um aumento na fadiga extrema e dificuldade em tomar decisões.
  • 48 horas sem dormir: alucinações e confusão mental são comuns. A pessoa pode começar a ouvir ou ver coisas que não existem, além de sofrer com altos níveis de estresse e ansiedade.
  • 72 horas ou mais sem dormir: a realidade se distorce, e a pessoa pode experimentar episódios de psicose por privação de sono. O corpo e a mente começam a falhar, e a necessidade de descansar se torna insuportável.

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O impacto da privação de sono a longo prazo

Norme conseguiu concluir o desafio, mas a questão que permanece é: a que custo? Os efeitos da privação de sono vão além do desgaste físico e mental imediato. A falta crônica de sono pode causar uma série de problemas de saúde graves, como:

  • Comprometimento do sistema imunológico: a privação de sono torna o corpo mais suscetível a infecções e doenças, pois o sistema imunológico não funciona adequadamente.
  • Risco de doenças cardiovasculares: a falta de sono aumenta as chances de desenvolver hipertensão, diabetes e outras condições que afetam o coração.
  • Alterações hormonais: afalta de descanso adequado altera a produção de hormônios como a grelina e a leptina, responsáveis pelo controle do apetite, levando ao aumento de peso e obesidade.
  • Problemas cognitivos: a privação prolongada de sono pode causar danos permanentes à memória e às habilidades cognitivas, prejudicando o aprendizado e o desempenho diário.

A busca por fama vale a pena?

O recorde de Norme traz à tona um debate crucial sobre os limites que os criadores de conteúdo estão dispostos a ultrapassar em busca de audiência. Enquanto a inovação e a busca por desafios são partes essenciais do mundo do entretenimento digital, é importante lembrar que a saúde deve sempre vir em primeiro lugar.

A privação extrema de sono é um risco que não vale a pena correr. Embora Norme tenha alcançado notoriedade com seu feito, o preço pago foi alto demais. Como espectadores e consumidores de conteúdo, cabe a nós questionar e criticar práticas que colocam em risco a vida humana por pura entretenimento.

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